segunda-feira, 24 de março de 2014

Manoel, de todos! Stéfanie, da poesia!

Um turbilhão invadiu minha alma. Da infância achada em Perdilândia, os anos bem vividos na fazenda, a a chegada da Poesia em minha vida. Tantas insignificâncias profundas tocaram minha alma.

A emoção marejou meus olhos, limpou minha alma, me fez feliz. Ver uma menina se formar em Jornalismo, já propondo um livro reportagem sobre um dos mais célebres poetas, nosso Manoel de Barros, ou de Todos, é pra celebrar, comemorar, saltitar!

Stéfanie Medeiros, vi paixão em seus olhos, determinação em cada poro seu, poesia em seu respirar. Você pode não ter visto Manoel de Barros pessoalmente, mas não parece, a intimidade é enorme entre vocês, a sintonia é fina. A explicação? O amor que os une vem das palavras. 

Após ter o privilégio de ler suas cartas ao Manoel de Barros nesta noite, digo em nome de todos os irmãos de Mato Grosso, usando uma frase do nosso poeta do mundo, já que ele não gosta de ser taxado como o poeta pantaneiro: "Eu só queria agradecer", mas também aplaudir, celebrar e dizer do nosso contentamento em ter você a tentar decifrar um pouco do nosso mito Manoel. Do poeta já sabemos muito. Mas, e o homem Manoel? E o homem Manoel, de Barros, de todos os sentimentos do mundo? 

É com você, querida Stéfanie Medeiros!








terça-feira, 4 de março de 2014

O amor

Em uma sala de aula havia várias crianças. Quando uma delas perguntou à professora:

- Professora, o que é o amor?

A professora sentiu que a criança merecia uma resposta à altura da pergunta inteligente que fizera. Como já estava na hora do recreio, pediu para que cada aluno desse uma volta pelo pátio da escola e que trouxesse o que mais despertasse nele o sentimento de amor.

As crianças saíram apressadas e, ao voltarem, a professora disse:

- Quero que cada um mostre o que trouxe consigo.

A primeira criança disse:

- Eu trouxe esta flor, não é linda?

A segunda criança falou:

- Eu trouxe esta borboleta. Veja o colorido de suas asas, vou colocá-la em minha coleção.

A terceira criança completou:

- Eu trouxe este filhote de passarinho. Ele havia caído do ninho junto com outro irmão. Não é uma gracinha?

E assim as crianças foram se colocando.

Terminada a exposição, a professora notou que havia uma criança que tinha ficado quieta o tempo todo. Ela estava vermelha de vergonha, pois nada havia trazido.

A professora se dirigiu a ela e perguntou:

- Meu bem, porque você nada trouxe?

E a criança, timidamente, respondeu:

- Desculpe, professora. Vi a flor e senti o seu perfume, pensei em arrancá-la, mas preferi deixá-la para que seu perfume exalasse por mais tempo. Vi a borboleta, leve, colorida! Ela parecia tão feliz que não tive coragem de aprisioná-la. Vi também o passarinho caído entre as folhas, mas ao subir na árvore notei o olhar triste de sua mãe e preferi devolvê-lo ao ninho. Portanto, professora, trago comigo o perfume da flor, a sensação de liberdade da borboleta e a gratidão que senti nos olhos da mãe do passarinho. Como posso mostrar o que trouxe?

A professora agradeceu, pois ela fora a única criança que percebera que só podemos trazer o amor no coração.


Fonte: www.meusonhonaotemfim.org.br